Crítica Estruturada das imagens de luz e sombra

Imagem escolhida por mim

Maria Angelina


Eu escolhi o trabalho da Maria Angelina pra analisar porque ele prendeu minha atenção desde a primeira vez que o vi. Se eu não soubesse que isso são sombras de um objeto de papel eu estaria até hoje tentando decifrar o que são esses rabiscos. Olho uma vez e vejo uma flor. Hesito, olho mais de perto e parece tinta riscada em uma parede gigante. Pensando bem, deve ser só um monte de fita embolada. Fita embolada é arte? 
É interessante analisar como o grau de agressividade aumenta gradativamente. A primeira imagem é, sem dúvidas, a mais sensível de todas. Os traços são mais finos, as formas parecem seguir um certo padrão, como se fossem pétalas. A imagem possui um degradê muito suave que escurece da esquerda para a direita e, além disso, as sombras, tímidas, ocupam somente o espaço da metade do retângulo. 
A imagem do meio, já em formato quadrangular, mostra o objeto em processo de transformação. Nela, o degradê sofre um recuo para dar espaço às formas. Elas crescem, sofrem deformação e tornam-se mais nítidas. 
Agora o mais interessante de tudo é perceber que, na última imagem, não só as sombras mudaram significativamente, como também o formato da foto que agora passou a ser um retângulo vertical. Nessa, não consigo mais enxergar uma flor nem se eu me esforçar. As formas ganharam mais presença e passaram a ocupar todo o espaço. É tudo mais nítido, mais agressivo, mais contrastante e o degradê, que antes era tão presente, agora ficou tímido. 
Minha única crítica é que o fundo branco atrapalhou um pouco a imersão nas imagens e a margem superior é muito menor do que a inferior. 


Imagem abaixo da minha

Barbara Zico


Sob um olhar geral do trabalho da Barbara, notei a princípio que houve uma certa preocupação com a simetria das imagens e a forma de dispô-las no slide. A imagem da esquerda ocupa o mesmo espaço das duas imagens da direita, assim como a margem entre elas também é igual. A única assimetria que notei na composição é que a margem superior é ligeiramente menor do que a inferior, entretanto, isso não me incomodou. 
A primeira imagem passa uma sensação de imersão no objeto por conta do posicionamento da câmera. Além disso, o cenário de fundo é completamente preto, causando um certo mistério e uma sensação de infinidade. A primeira imagem é a minha preferida pois é a que menos consigo ter ideia do tamanho real do objeto. No mais, acho que essa foto está muito bem enquadrada e preenchida.
Já nas duas imagens da direita é possível perceber um contraste entre elas. Enquanto a de cima revela demais o objeto, a de baixo mostra somente as sombras dele. Apesar disso, as duas parecem se completar. Ademais, acredito que essa parte branca no canto inferior esquerdo da última imagem não agregou na composição, ficou mais parecendo uma falha na imagem do que alguma nuance de sombra do objeto. 








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