Sintegração

A dinâmica feita em aula no dia 09/12 consistia, basicamente, em nos reunirmos em grupos para discutirmos os temas propostos pelos professores, fazendo referência aos textos que limos. Dentro desses grupos existiam papéis que eram desempenhados por pessoas espacifícas e o objetivo era que todos os integrantes passassem por todos os papéis durante as quatro rodadas da dinâmica. 

Preciso admitir que na primeira rodada eu estava bem nervosa. Apesar de não parecer, eu sou muito tímida e esse tipo de exercício acaba me tirando da zona de conforto. De qualquer forma, antes do debate começar, eu me senti aliviada por ter caído no papel de crítica. O tema da nossa primeira rodada de discussão foi sobre a relação das lógicas finalísticas, causalísticas e programáticas com as novas tecnologias e com as possibilidades de virtualização e potencialização. Lembro que, a princípio, as pessoas estavam bem envergonhadas, sem saber como começar a conversa mas aos poucos a discussão foi tomando um viés mais interessante. A partir desse momento foi ficando cada vez mais difícil não falar nada, principalmente porque eu discordava de grande parte das coisas que estavam sendo ditas, como quando um dos integrantes falou que existia uma visão (finalística, causalística ou programática) para cada período histórico. Após o debate, nos meus cinco minutos de crítica, aproveitei pra falar dos pontos de vista que eu havia discordado. Depois de umas rodadas eu me dei conta que eu deva ter feito essa crítica de forma errada. Imagino que o correto seria sintetizar os pontos de vista e não colocar a minha opinião ali, afinal, eu era crítica e não debatedora. 
Na segunda rodada eu fui apenas observadora então não tenho muito o que pontuar sobre a experiência de aprendizagem cumulativa, acho que os debatedores aprofundaram pouco na discussão sobre o tema. Na verdade, o meu aprendizado dessa rodada foi pra aprofundar mais sobre os temas quando fosse minha vez de debater.
Já na terceira rodada eu caí pela primeira vez no papel de debatedora e, pro meu azar, com o tema que eu considerava o mais difícil (problematizar a proposta de obstáculo no contexto de abertura de possibilidades). Apesar do nervosismo do começo, essa rodada foi incrível! Em um dado momento, a nossa discussão foi tomando um rumo cada vez mais interessante e imersivo. Lembro quando um dos observadores ligou o microfone pra falar "é muito bom quando o debate vira uma conversa de bar". Admito que, quando o tempo acabou, tive vontade de convidar as duas meninas que estavam de debatedoras comigo pra um bar pra continuarmos o assunto. A Karolina, que estava na função de crítica, teve um papel fundamental nessa rodada. A síntese que ela fez da nossa conversa organizou tudo que falamos perfeitamente (aliás, foi nesse momento que eu percebi que tinha feito a crítica da primeira rodada erroneamente). Outra coisa que eu gostaria de pontuar sobre essa rodada é que eu não havia entendido nada sobre o texto do Flusser quando li, mas com a conversa tudo ficou mais claro. 
Na última rodada fui debatedora mais uma vez e o objetivo era discutir a passagem do quase-objeto para o não-objeto. A esse ponto da aula eu já tava cansada de pensar e acabei discutindo o tema de forma bem superficial. O ponto alto da rodada foi quando dois dos integrantes começaram a discutir (não sobre o tema proposto).
No geral, eu achei a dinâmica muito interessante e gostaria de fazer mais vezes. AIA tem esse poder de me tirar da zona de conforto, sempre me fazendo odiar as coisas no começo e terminar amando e me fazendo descobrir mais sobre mim. 

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